A cor é um componente de alto valor estético e de identidade em qualquer projeto, mas garantir sua uniformidade em grandes volumes de concreto e argamassa colorida é um desafio técnico central. Variações mínimas na formulação ou no processo de cura podem causar diferenças de tonalidade, comprometendo o acabamento e gerando retrabalho. Por isso, a estabilidade da cor é resultado de um controle rigoroso.
A base para a cor
O ponto de partida para a uniformidade está na escolha dos insumos. O uso de cimento branco, por exemplo, é um diferencial. Sua tonalidade neutra e constante elimina a variação natural de cor que o cimento cinza pode introduzir, fornecendo uma matriz clara e estável.
A escolha dos pigmentos também é estratégica. Então, é preciso optar por pigmentos inorgânicos (como óxidos de ferro) de alta performance, conhecidos por sua estabilidade química e resistência à alcalinidade do cimento e à exposição UV, garantindo que a cor não se degrade ao longo do tempo. Além disso, a uniformidade da cor e da granulometria dos agregados deve ser controlada, pois eles afetam a textura e a percepção visual do tom final.
Vale ressaltar também, que pigmentos em pó tendem a ter menor impacto nas propriedades mecânicas comparado aos pigmentos líquidos em altos teores, embora os líquidos possam oferecer cores mais intensas se bem formulados.
Isso reforça que a escolha do tipo de pigmento também deve considerar estabilidade, durabilidade e performance da argamassa ou concreto.
O fator crítico: a precisão na dosagem
O controle da formulação é, de longe, o fator mais crítico. Qualquer imprecisão na pesagem de componentes pode arruinar a uniformidade entre lotes. A cor final é determinada pela relação precisa entre o pigmento e o cimento na mistura, e esse percentual deve ser rigorosamente constante.
Mais importante ainda é o controle da água de amassamento. Variações na umidade podem levar a tons mais claros ou mais escuros. Portanto, o uso de aditivos que permitem a redução da água mantendo a trabalhabilidade é vital para a estabilidade cromática.
Rigor no Processo e na Cura
Mesmo com a fórmula perfeita, a execução e a cura precisam ser padronizadas. O tempo de mistura deve ser suficiente para garantir a dispersão homogênea do pigmento em toda a matriz, evitando aglomerados que resultam em manchas na superfície.
Por fim, a cura do material deve ser uniforme e controlada. A perda rápida de água, causada por sol excessivo ou vento, pode acelerar a evaporação e a migração de sais, resultando em alterações na tonalidade superficial e no surgimento de eflorescência. Proteger o material recém-aplicado é essencial para fixar o tom.
Em resumo, a consistência da cor na construção civil não é por acaso. É um indicador direto de controle de qualidade e desempenho técnico. Dominar a uniformidade, desde a escolha do cimento de alta pureza até o rigor na dosagem da água, é o que permite entregar um produto final durável, consistente e de alto valor agregado.
Na Cimental Fermaflex, cada cor desenvolvida é o resultado de um processo dedicado e colaborativo com o cliente, que passa por um processo rigoroso de preparação. Assim, reafirmamos nosso compromisso em oferecer soluções que unem técnica e estética, para aperfeiçoar o mercado de construção com inovação.